É aqui que a comida tradicional é colocada à mesa e se experienciam os pratos que fazem lembrar os cozinhados dos nossos avós. Se já no século passado, as iguarias de Baião faziam as delícias do nosso Eça de Queirós, nos dias de hoje nada mudou. O fumeiro tradicional e o cozido à portuguesa dão origem a um dos maiores festivais desta região: A “Feira do Fumeiro, do Cozido à Portuguesa e dos Vinhos de Baião.” É também aqui que poderá provar o tão conhecido Anho Assado no Forno, o famoso Arroz de Favas e a suculenta Posta de Vitela Arouquesa. Hmmm…
Os apreciadores do vinho verde também não ficarão nem um bocadinho desiludidos, já que é nos socalcos verdes e xistosos de Baião que nascem as castas Alvarinho, Arinto, Avesso, Azal e Loureiro e originam o verdadeiro néctar dos deuses.
E se falamos em comer, não podíamos esquecer as sobremesas. Baião é um tesouro de tentações gastronómicas. Desde o Biscoito da Teixeira, aos queijos e compotas. Mas, não se preocupe… Se preferir algo menos calórico, opções não faltam, desde os sumarentos citrinos da Pala às saborosas uvas, ou até mesmo os frutos silvestres.
Envolvido por uma incomparável beleza, o concelho de Baião é o lugar de repouso e quietude. Aqui podemos respirar o ar leve e puro que só o mundo rural poderá oferecer. As terras seculares que sustentam os vinhedos dão origem às mais belas paisagens, deixando no ar, o cheiro intenso da natureza verdejante. Em Baião, sente-se o repousar do silêncio, é onde os barulhos da cidade dão lugar ao chilrear dos pássaros e ao som da água que corre em direção ao mar.
É neste pequeno paraíso, onde os vales são “poderosamente cavados”, que a Serra da Aboboreira, a Serra do Castelo ou até o Carvalhal da Reixela compõem um quadro campestre esplêndido! Uma verdadeira obra de arte…
Baião é terra de sabores e saberes. É lugar de tradição que não acaba, é onde os costumes perduram no tempo e passam de geração em geração. É terra de cultura.
O “repique dos sinos”, o balir das ovelhas ou o murmurar das senhoras que param junto dos caminhos pastoris são algumas das riquezas culturais que não podem nunca ser negadas a este concelho. Aqui ainda há tempo para perder tempo. Em Baião, perdemo-nos no encontro com a Natureza, perdemo-nos no encontro com costumes e tradições que continuam fieis, genuínas e são cumpridas rigorosamente, dia após dia.
E de tão belo que é, de Baião há quem fale bem, aliás muito bem: Eça de Queirós, Camilo Castelo Branco, Alves Redol e Agustina Bessa-Luís, são alguns dos escritores que enalteceram o património cultural e natural deste lugar. Mas, não é só da escrita que se faz Baião, aqui também poderá apreciar o pormenor de pintura mural, na Igreja de São Tiago de Valadares ou visitar um dos monumentos megalíticos: O Dólmen de Chã de Parada, na Serra da Aboboreira.